As consequências da revolta da chibata
A resposta do governo foi dura, as prisões foram bombardeadas pelo exército e centenas de fuzileiros navais e prisioneiros foram mortos.
Os amotinados, 37 ao todo, foram levados para duas prisões separadas, onde morreram sufocados. Apenas João Cândido e outro companheiro de combate sobreviveram.
Como resultado, em 1911, aqueles que participaram do movimento foram mortos, presos ou dispensados do serviço militar. Muitos dos envolvidos foram enviados para campos de trabalhos forçados em plantações de borracha na Amazônia e para a construção da ferrovia Madeira-Mamoré.
Como resultado, o conflito deixou mais de duzentos mortos e feridos entre os amotinados, dos quais cerca de dois mil foram expulsos após o levante. Na parte legalista, cerca de uma dúzia de pessoas morreram, incluindo oficiais e marinheiros.
Quanto ao líder João Candido, após sobreviver da prisão e ser absolvido, foi considerado desequilibrado e encaminhado para um hospício. Por causa de sua ousadia, a mídia da época o chamou de Almirante Negro.
Em 1º de dezembro de 1912, ele foi absolvido das acusações de conspiração, mas foi expulso Marinha.
Sobreviveu como pescador e vendedor até que o jornalista Edmar Morel resgatou sua história do esquecimento e publicou A Revolta da Chibata em 1959.
Somente em 23 de julho de 2008 o governo brasileiro entendeu que os motivos do levante eram justificados e anistiou a tripulação envolvida.